A decadência das redes sociais

As grandes redes sociais como Facebook, Instagram e Twitter estão perdendo usuários, que migram para plataformas menores e mais focadas em conexões pessoais. Esta grande fragmentação marca o fim da era dos gigantes das mídias sociais.


Ao longo da última década, plataformas como Facebook, Instagram e Twitter reuniram bilhões em seus ecossistemas fechados. No entanto, em busca de crescimento voraz, estas redes se transformaram em canais infernais de gritaria e conteúdo patrocinado.

Diante deste cenário, os usuários buscam refúgio em círculos sociais menores e mais íntimos como grupos privados de chat e novas redes especializadas em nichos de interesse.

Estas plataformas menores tentam resgatar as experiências sociais descomplicadas que as grandes redes já proporcionaram no passado. Elas ainda não rivalizam em escala, mas oferecem esperança de um ambiente online mais saudável.

À medida que as pessoas se cansam de plataformas tóxicas e viciantes, esta nova onda de startups focadas no aspecto social poderá gerar uma era melhor para a interação digital.

O “pluriverso” das redes sociais

Pesquisadores especulam um futuro “pluriverso” formado por diversas plataformas menores e especializadas que abrigam tipos de conversas e comunidades de nicho mal servidos pelas redes atuais.

As pessoas já interagem em múltiplas redes separadas, usando cada uma para objetivos e audiências exclusivas. Mas essa solução de retalhos de nichos isolados não é suficiente.

O ideal seria uma rede integrada de plataformas interoperáveis, nas quais os usuários poderiam transitar sem perder suas conexões. Redes abertas e descentralizadas, como Mastodon e Bluesky, são apostas promissoras nesse sentido.

Cidades online

Ao invés de viver no território do Facebook, um sistema descentralizado daria mais controle às pessoas sobre suas experiências sociais. Elas poderiam escolher as comunidades e feeds nos quais mais se identificam.

Esse ecossistema interconectado implodiria os jardins murados das big techs, cujo modelo único gera efeitos prejudiciais. Ao fragmentar audiências e interesses, essa diversidade permitiria que cada função da internet prosperasse em seu contexto adequado.

Por uma internet mais saudável

Plataformas menores e especializadas trariam mais equilíbrio à dieta midiática dos usuários. Eles teriam mais poder sobre seus dados, feeds e expostos a algoritmos. Isso minimizaria problemas como polarização, manipulação e vícios.

A grande fragmentação das redes sociais parece um caminho sem volta. Resta saber como essas plataformas menores vão conseguir coexistir e interagir em prol de uma internet menos tóxica.

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