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De acordo com um relatório da Equipe de Pesquisa e Inteligência da BlackBerry, a China estaria praticando espionagem industrial e governamental, por meio de cinco grupos hackers locais.
Esses hackers seriam responsáveis por ataques do tipo “ameaças persistentes avançadas”, que teriam como foco principal – mas não limitados a – servidores Linux, que são amplamente utilizados por órgãos federais internacionais e companhias privadas em todo o planeta.
Empresas brasileiras também foram alvo
A BlackBerry ainda disse ao Canaltech que empresas brasileiras também teriam sido atacadas pelos grupos chineses, embora não tenha revelado a quantidade de companhias, seus nomes, nem suas áreas de atuação.
Invasões e crimes virtuais
Segundo a equipe de segurança da BlackBerry, as operações ilegais ligadas ao governo chinês focaram principalmente as infraestruturas baseadas em Linux. Essa estratégia teria sido adotada porque os profissionais corporativos de segurança em TI geralmente se preocupam em proteger mais as máquinas dos funcionários, que são potencialmente menos seguras. Dessa forma, os criminosos puderam se aproveitar das vulnerabilidades dos servidores e passar anos roubando propriedade intelectual sem levantar suspeitas.
Apesar do foco em servidores, os hackers também estariam por trás de ataques em máquinas Windows e dispositivos Android. Parte desses tipos de ações seriam golpes virtuais que tinham o objetivo de arrecadar dinheiro para financiar outros tipos de ataques.
Esses tipos de crimes, inclusive, teriam sido impulsionados devido à pandemia da covid-19, já que centenas de trabalhadores, em todo o mundo, foram “forçados” a trabalhar de casa, e estão utilizando estruturas de redes muito menos seguras do que se estivessem nos escritórios de grandes corporações.
Quase todos os segmentos da indústria foram atingidos
O estudo apontou que, embora os governos tenham sido os principais alvos dos ataques, os setores de defesa, tecnologia, telecomunicações, manufatura, indústria farmacêutica e jogos foram altamente impactados. De fato, praticamente todos os segmentos da indústria teriam sido atingidos, em dezenas de países.
No momento, há mais de mil investigações em andamento por 56 escritórios do FBI espalhados pelos Estados Unidos, todas elas averiguando os impactos das operações dos grupos hackers chineses.