Pouco tempo depois, foi a vez da LG confirmar que não vai participar da MWC. A empresa tradicionalmente usa o evento para anunciar seus celulares tops de linha, mas, diante do coronavírus, preferiu não expor seus funcionários a uma situação que possa representar risco à saúde.
“Com a segurança de nossos empregados, parceiros e clientes em mente, a LG decidiu se retirar de exibir e participar da MWC 2020”, diz o comunicado. “A decisão remove o risco de expor centenas de funcionários da LG a viagens internacionais, que se tornaram mais restritivas conforme o vírus continua a se espalhar pelas fronteiras”, conclui o texto, que também cita que a empresa realizará outros eventos separados para anunciar os produtos que seriam revelados na MWC.
Diante dos cancelamentos de dois dos principais nomes da feira, não seria surpresa se outras empresas seguissem o mesmo caminho. Afinal de contas, a MWC é uma feira que reúne centenas de milhares de pessoas vindas de todas as partes do planeta reunidas em um espaço fechado, criando um cenário perfeito para o vírus se propagar. A desistência de empresas de alto calibre faz com que outras, que temiam não participar do evento e dar muito espaço às concorrentes, sintam-se mais à vontade para retirar-se da feira.
Seria natural que outras empresas do setor também cancelassem suas participações, especialmente as chinesas. Xiaomi, Huawei, Oppo e Vivo, por exemplo, são companhias fortíssimas no mercado de celulares que precisariam expor seus executivos e funcionários a viagens internacionais em um momento complicado. Da mesma forma, sem a rival LG na feira, a coreana Samsung, que já tem marcado um evento à parte para revelar o Galaxy S20, também não teria tanto a perder ao evitar a participação na MWC.