O projeto do primeiro útero artificial, que poderá salvar bebês prematuros

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Nos Países Baixos, médicos e designers estão desenvolvendo o primeiro útero artificial para bebês extremamente prematuros.



“Meu projeto para um útero artificial é feito de de cinco grandes balões onde bebês vão ficar meio que nadando em seus próprios fluidos”, explica a designer Lisa Mademaker.

“Tubos fazem a circulação de fluidos, de sangue.”

“Quando eu fazia residência em ginecologia, 27 anos atrás eu sabia que era possível fazer isso”, diz Guid Oei, ginecologista, do Centro Médico Máxima e responsável pelo projeto.

“A principal diferença é que o útero artificial é preenchido com líquido. Uma incubadora é preenchida com ar, que é um ambiente inóspito para bebês extremamente prematuros”, afirma. “O ar machuca os pulmões em formação.”

Ele explica que o bebê prematuro será colocado no aparelho imediatamente após o parto, e conectado a uma placenta artificial.

“O útero artificial é um ambiente líquido preenchido com água e vários tipos de minerais. Então o bebê recebe oxigênio e nutrientes através do cordão umbilical. Assim como quando ele está em seu ambiente natural”, afirma Oei.

Segundo ele, o bebê cresce e depois de quatro é feito um ‘segundo parto’. “Isso poderia salvar muitas vidas”, diz.

Por ano, cerca de 15 milhões de bebês nascem prematuros no mundo todo. Cerca de metade dos que nascem mais prematuros morrem.

“Ainda não sabemos nada sobre consequências de curto e longo prazo para os bebês. Esse projeto vai demorar cerca de cinco anos até começarmos a usar o útero artificial em bebês humanos”, explica o médico.

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