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Dez anos não são nada na longa linha do tempo do nosso planeta.
Mas quando se trata de inovação tecnológica, muita coisa pode mudar em uma década, e alguns dos aparelhos, software e componentes que eram importantes para sua vida em 2010 agora parecem prontos para ir para o museu.
Então, vamos refletir sobre o quão longe chegamos, tecnologicamente falando.
Fotografia digital
Há dez anos, as câmeras digitais dominavam a fotografia, e os filmes eram um pouco mais fáceis de encontrar. Quem queria uma câmera nova ainda preferia uma DSLR digitais de alta qualidade, como a Nikon D90 e a Canon EOS 5D Mark II. Mas 2010 também teve a chegada do iPhone 4 e de outros smartphones que começaram a abraçar seriamente a fotografia e lentamente beliscar uma pontinha do mercado de câmeras compactas point-and-shoot.
Dizem que a melhor câmera é aquela que você possui. Não demorou muito para que os smartphones melhorassem o suficiente para que o consumidor médio esquecesse por que costumava carregar uma câmera separada. Tecnicamente falando, uma câmera digital cara, de nível profissional, ainda supera o desempenho de um smartphone, mas o recurso mais elogiado do novo iPhone 11 Pro são os recursos aprimorados de fotografia — e eles são mais do que uma modinha.
Mas as câmeras digitais ainda não tiveram o mesmo fim da linha do filme analógico. Elas conseguiram evoluir e ainda fornecem uma experiência de usabilidade que os smartphones não conseguem — pelo menos por enquanto. Os sensores foram aprimorados a ponto de serem sensíveis o suficiente para produzir imagens impressionantes, mesmo na escuridão total, e agora os recursos de foco automático podem fixar um objeto mais rapidamente do que o olho humano. Mais importante ainda, o reinado das câmeras DSLR está chegando ao fim. Eles foram substituídos por alternativas compactas, mirrorless e sem obturador, que estão mudando a maneira como os fotógrafos e até os cinegrafistas trabalham e fotografam.
Tecnologia de telas
Em 2010, a Apple revelou o iPhone 4 com uma tela que a empresa denominou Retina Display, que apertava tantos pixels que era quase impossível para o olho humano vê-los individualmente. Outros smartphones logo seguiram o exemplo, mas o Retina Display e outras telas cheias de pixels não foram o único evolução das telas da década passada.
Fazer com que as partes mais claras de uma tela brilhassem como o sol enquanto as partes mais escuras desaparecem como sombras era o objetivo final das empresas que faziam monitores LCD. No entanto, a década marcou o início da produção em massa de uma nova tecnologia que prometia superar de sua concorrente nesse quesito. As telas OLED (diodo orgânico de emissão de luz) podem produzir pixels brilhantes e coloridos sem a necessidade de uma luz de fundo como um LED ou um tubo fluorescente. Os monitores OLED são mais finos, consomem menos energia e produzem imagens com níveis surpreendentes de contraste. As primeiras TVs OLED eram pequenas e obscenamente caras, mas nos últimos dez anos, a tecnologia lentamente se transformou em tecnologia de consumo acessível, começando com MP3 players, monitores de exercícios físicos e finalmente smartphones.
Há outro recurso exclusivo dos monitores OLED que promete revolucionar a forma e a forma dos gadgets nos próximos 10 anos: eles podem ser flexíveis e dobrar. O final desta década viu a aparição de diferentes telefones dobráveis no varejo, produzidos por empresas como Samsung, Huawei e Motorola. Embora a tecnologia tenha atingido alguns obstáculos, ela promete um futuro em que deixar seu smartphone cair no chão não traz como resultado uma pilha de vidro estilhaçado.
Segurança biométrica
Os recursos de segurança biométrica em nossos dispositivos móveis são tão onipresentes, contínuos e confiáveis hoje em dia que poucos de nós se lembram de que eles estão lá. Mas, ao tocar em um leitor de impressão digital para confirmar uma compra ou olhar para a câmera frontal para autenticar nossas identidades, eles estão lá. E, há dez anos, as coisas não eram assim.
Em 2010, a biometria estava longe de ser um novo conceito. Naquele momento, organizações como o FBI e o Departamento de Segurança Interna dos EUA já estavam compilando bancos de dados de suspeitos com varreduras digitais de impressões digitais, íris, palmas e até rostos, que poderiam ser rapidamente pesquisados e comparados. Mas o hardware usado nesses casos superava em muito o que estava disponível para os consumidores na época. No início da década, os leitores de impressões digitais estavam amplamente disponíveis em laptops, e a tecnologia conseguiu diminuir o suficiente para que até a Victorinox pudesse colocar um leitor em uma unidade flash USB. No entanto, ela era problemática e, na maioria das vezes, você teria que passar cuidadosamente sua impressão digital por um sensor algumas vezes para autenticar sua identidade.
Era uma tecnologia que funcionava, mas não era perfeita, por isso a maior parte dos consumidores estava feliz em usar senhas. Em 2013 isso mudou, quando a Apple lançou um recurso chamado Touch ID no iPhone 5S.
Aproveitando o hardware de segurança personalizado e o processador do iPhone, liberar o acesso por meio de sua impressão digital era um processo instantâneo e executado automaticamente ao tocar o botão Home — uma ação que a maioria dos usuários de iPhone já fazia centenas de vezes por dia.
As impressões digitais eram mais rápidas do que digitar um código PIN ou senha, e não era preciso lembrar de nada. Mas ao contrário de senhas, deixamos uma cópia de nossas impressões digitais em quase tudo em que tocamos, e não demorou muito até que o Touch ID da Apple fosse burlado usando apenas uma fotografia de uma impressão digital, uma cópia impressa e um pouco de cola de madeira.
Quatro anos depois, a Apple começou a usar uma tecnologia que muitos supunham estar disponível apenas na CIA: o reconhecimento facial, e a disponibilizou no iPhone X. Com o Face ID, os usuários não precisavam mais tocar em um botão para autenticar o acesso, eles simplesmente tinham que olhar para seus dispositivos para ter acesso.
Era uma funcionalidade que fazia os usuários sentirem que tinham tido acesso à tecnologia mais oculta de James Bond e MI6, mas infelizmente, nem todas as pessoas tiveram a mesma experiência. A Apple jurou que tinha treinado minuciosamente redes neurais da identificação facial com um grupo altamente representativo de indivíduos para garantir que não houvesse um viés de desempenho baseado no sexo, idade ou etnia, uma vez que a tecnologia por trás dos sistemas de reconhecimento facial normalmente favorece usuários com pele clara.
E, de fato, esse não é um problema nos produtos da Apple, mas à medida que o uso da tecnologia de reconhecimento facial se espalha, há o potencial de problemas maiores se, por exemplo, um caixa eletrônico se recusar a liberar um saque só porque foi otimizado para funcionar bem com pessoas brancas. Ou um sistema focado em identificar ameaças que dá falsos positivos porque tem um viés negativo com pessoas de pele negra.
Mensagens
Houve um tempo em que as operadoras de celular cobravam centavos consideráveis por cada mensagem de texto enviada. Mas quando o smartphone chegou, sua capacidade de transmitir vídeos e acessar a internet inteira exigia muita largura de banda, o que incentivou as operadoras não só a atualizar suas redes sem fio para se manterem competitivas, mas também a introduzir planos de dados mensais acessíveis que permitissem aos usuários de smartphones baixar e enviar gigabytes de dados.
No início da década, aplicativos como o WhatsApp e o iMessage da Apple tiraram vantagem dos dados móveis e oferecer uma forma alternativa de enviar mensagens uns aos outros, evitando as taxas ridículas cobradas pelas operadoras no SMS.
Durante algum tempo, esses apps tornaram-se um dos maiores motivos das vendas de smartphones, especialmente para pessoas que queriam manter contato com amigos e familiares em todo o mundo, pois os custos das mensagens SMS disparavam inexplicavelmente quando eram enviadas para pessoas em outros países.
Eles também ajudaram a tornar as mensagens instantâneas mais onipresentes, pois esses aplicativos puderam ser instalados e usados em mais do que celulares. O iMessage logo ficou disponível no iPad e nos computadores da Apple, portanto, não importa qual dispositivo você esteja usando, você pode continuar uma conversa.
Desde então, o Windows lançou o aplicativo “Seu Telefone”, que dá aos usuários do Android uma habilidade semelhante, e aplicativos como Telegram, Whatsapp e Signal permitem que você envie mensagens por vários dispositivos. Em apenas uma década, enviar mensagens de texto a um amigo por SMS parece quase tão antiquado quanto enviar um telegrama ou uma mensagem em Código Morse.
Reconhecimento de voz
Softwares como o Dragon Natural Speaking prometia uma rotina de trabalho sem aquelas horas intermináveis em uma mesa digitando. Você poderia simplesmente ditar e-mails, mensagens, memorandos, e todas as suas palavras e comandos seriam automaticamente processados, compreendidos e executados. Em 2010, o reconhecimento de voz tinha percorrido um longo caminho, mas estava limitado a aplicativos especializados e, aparentemente, só avançou graças ao trabalho árduo que estava sendo feito por pesquisadores nas universidades.
Em 2011, o reconhecimento da voz finalmente fez sua estreia mais bem-sucedida com consumidores quando a Apple lançou seu assistente de voz Siri no iPhone 4S. A Siri não era impecável, e a Apple cautelosamente lançou o recurso para os usuários durante o ano seguinte, mas para aqueles que ocasionalmente usavam algum software de reconhecimento de voz antes da estreia da Siri, finalmente sentiram que esta era uma tecnologia há muito prometida que estava finalmente pronta para brilhar.
A Siri claramente não foi esse sucesso todo, e sua dificuldade em entender o que os usuários de iPhone lhe pediam se transformou em piada por anos, pelo menos até que a Amazon lançar sua assistente de voz Alexa no final de 2014, e o Google introduzir seu próprio assistente controlado por voz em meados de 2016.
Alimentada por enormes servidores na nuvem, e no caso do Google, um índice quase inteiro da internet, essa geração de assistentes inteligentes superou a Siri e demonstrou as notáveis melhorias feitas no reconhecimento de voz ao longo da década. Eles também se espalharam rapidamente por vários dispositivos, incluindo alto-falantes inteligentes, smartphones e utilidades domésticas, e acabaram se tornando um forte impulsionador da casa conectada, tornando centenas de dispositivos IoT (internet das coisas) controláveis por simples comandos de voz.
À medida que a década chega ao fim, temos até uma perspectiva no que a década que se avizinha guarda para a próxima geração de tecnologia de reconhecimento de voz com o aplicativo Gravador do Google, que é capaz de transcrever e digitalizar conversas naturais em tempo real e raramente comete erros.
Essa é também uma tecnologia que tem demonstrou seus pontos negativos ao longo do caminho. Softwares como o Dragon Natural Speaking existiam antes de a internet doméstica ser comum, funcionando localmente nos computadores. Já as assistentes de voz atuais compartilham tudo o que dizemos com servidores em todo o mundo.
Já passamos do ponto de preocupação com a privacidade; apesar do que empresas como a Amazon e a Google afirmam, milhões de lares em todo o mundo têm abraçado esses dispositivos de espionagem.
Inteligência artificial
Para a maioria dos consumidores, a inteligência artificial ainda era um conceito vago no início da década. Era uma das ideias mais ambiciosas da ficção científica de décadas atrás, e recriar as capacidades do cérebro humano por meio do silício, microchips e processadores seria um passo importante para um futuro prometido cheio de robôs úteis e carros autônomos, era também uma tecnologia misteriosa relegada a laboratórios de pesquisa governamentais, laboratórios e universidades.
Os carros autônomos existiam, mas eram em sua maioria relegados a desafios obscuros financiados pela DARPA, e testados a uma distância segura do público em geral.
Mas no final da década, a inteligência artificial não é um conceito tão vago. Já há alguns anos que os carros autônomos circulam por grandes cidades dos EUA e, embora não seja uma característica que se possa comprar na concessionária, já é algo disponível de forma limitada, uma vez que muitos veículos podem agora andar por rodovias sozinhos e até mesmo fazer uma baliza em um espaço que a maioria dos motoristas levariam 15 tentativas para acertar.
Os avanços que vimos em apenas dez anos são promissores, mas também vimos as infelizes desvantagens e os enormes desafios de desenvolver uma tecnologia como esta, que servem como um alerta sobre como inovações não devem sair dos laboratório de pesquisa e desenvolvimento antes da hora.
Na última década, vimos vários outras aplicações promissoras para inteligência artificial, incluindo as assistentes de voz, a capacidade de tornar aplicativos poderosos como o Photoshop ainda mais poderosos, automatizando e racionalizando tarefas que antes levavam horas e até dias para serem concluídas por artistas.
Mas também temos um vislumbre de como a tecnologia pode ser potencialmente abusada na próxima década. Termos como aprendizado profundo e rede neural não significavam nada para a maioria de nós há dez anos atrás, mas agora são termos que aparecem o tempo todo à medida que a internet se enche de vídeos falsos com caras trocadas e vozes sintetizadas que tornarão ainda mais difícil saber com certeza o que é real e o que é uma mentira.
Carros elétricos
O EV1, o primeiro carro elétrico da General Motors, foi mais uma experiência do que uma nova marca para a montadora. Ele era apenas alugado para pessoas interessadas e, após quatro anos, a empresa deu fim à maioria deles, para desgosto dos motoristas fiéis que se tinham se apaixonado pelos veículos.
A GM alegou que o EV1 não era financeiramente viável, mas uma década depois, no final de 2010, a empresa aparentemente tinha descoberto como tornar rentáveis os carros elétricos, quando o Chevy Volt foi oficialmente colocado à venda após três anos de propaganda.
As baterias ainda são o componente mais problemático em qualquer dispositivo que prometa se livrar dos cabos ou renunciar à dependência de combustíveis fósseis, mas o Volt conseguiu atingir cerca de 55 quilômetros de condução eléctrica com a sua bateria, distância suficiente para levar muitos motoristas para o trabalho, ou permitir ir ao mercado antes que o carro precisasse de uma recarga.
Para resolver o problema da autonomia, o Volt incluía um gerador de reserva alimentado a gás que podia ligar para recarregar o veículo. Porém, isso significava que o Volt não era um verdadeiro carro elétrico como o Nissan Leaf, ou os Tesla.
Apesar da controvérsia interminável, os carros elétricos da Tesla, que foram lançados em 2012 com o sedan Model S, ostentavam autonomia de centenas de quilômetros em uma única carga, ofereciam telas touchscreen e outras comodidades modernas nas quais outras montadoras pareciam desinteressadas.
Eram caros, mas os veículos da Tesla ajudaram a avançar a tecnologia e a popularidade dos carros elétricos, graças em parte ao trabalho árduo da empresa para estabelecer uma rede de estações de carregamento em todo os EUA, de modo que parar para carregar seria quase tão fácil quanto parar para abastecer. No final da década, quase todos os fabricantes de automóveis do planeta agora oferecem opções elétricas, incluindo marcas de luxo como a Porsche.
Tecnologias de saúde para consumidores
É difícil imaginar a vida sem smartphones e sem a miríade de aplicativos que proporcionam distrações a toda a hora. Embora a expansão dos smartphones tenha, sem dúvida, nos tornado mais viciados em tecnologia do que nunca, eles também se tornaram uma ferramenta genuinamente útil quando se trata de ficar em forma e manter o controle da nossa saúde.
Na verdade, no início da década, a revolução dos dispositivos vestíveis não foi iniciada com os smartwatches, mas por uma infinidade de pulseiras fitness, como a Nike Fuelband, que rastreavam passos, movimentos e proporcionavam uma motivação sem fim para se levantar e sair para fazer um pouco de exercício.
Ao longo da década a precisão destes dispositivos melhorou drasticamente, permitindo que os rastreadores de atividades saibam automaticamente se você estava nadando, correndo ou mesmo andando de bicicleta, permitindo-lhes fazer estimativas mais precisas do seu nível de exercício e das calorias que você estava queimando.
Para atletas mais dedicados, empresas como a Polar introduziram tiras peitorais vestíveis capazes de monitorar o ritmo cardíaco e compartilhar essa informação com um aplicativo, mas em 2015 essa tecnologia finalmente se tornou disponível para os consumidores com o ressurgimento do smartwatch em produtos como o Polar A360 e, logo depois, o Apple Watch.
Estes dispositivos vestíveis possuem sensores ópticos de frequência cardíaca que se baseiam em uma técnica conhecida como fotopletismografia, em que uma luz brilha na pele de um usuário permitindo que os sensores ópticos detectem a frequência do fluxo sanguíneo, o que permite que o software calcule e exiba sua frequência cardíaca em tempo real.
Para acompanhar as atividades físicas de um usuário, sua frequência cardíaca fornece uma métrica muito mais precisa sobre o desempenho de seu corpo do que simplesmente medir seus movimentos com um acelerômetro, mas alguns anos depois o Apple Watch seria atualizado com a capacidade de fazer eletrocardiogramas reais detectando os sinais elétricos que mantêm o seu coração bombeando. Não só permitindo leituras mais rápidas e precisas, mas também possibilitando que o Apple Watch Series 4 possa detectar sinais de potenciais condições de risco de vida, como ritmos erráticos e fibrilação atrial.
Ir de “saia do sofá e vá se exercitar” para “você precisa consultar um médico imediatamente, isso pode salvar sua vida” é um grande salto para uma tecnologia em apenas 10 anos.
Conexão sem fio
Até 2010 era raro encontrar uma casa que tivesse um roteador Wi-Fi para transmitir internet sem fio para quase todos os dispositivos, mas na última década houve um enorme aumento no número de gadgets que exige acesso à web.
Dispositivos inteligentes para casa e IoT (internet das coisas) rapidamente tiraram vantagem dos avanços em chips wireless que eram pequenos o suficiente para se esconderem dentro de uma lâmpada. Além disso, a possibilidade de operar remotamente quase todos os aparelhos em sua casa a partir de um aplicativo criou uma demanda crescente por Wi-Fi.
A velocidade do Wi-Fi não só melhorou ao longo da década, como também a qualidade dos roteadores. As antenas ficaram maiores e mais abundantes, mas depois foram necessárias várias roteadores para atender à demanda por conectividade sem fio na casa inteira. Empresas como a Eero introduziram tecnologias como redes mesh que espalham a conexão por vários dispositivos para aliviar o congestionamento e permitir que um número infinito de dispositivos sem fio operem em uma casa.
A última década também tornou quase impossível viver sem outra tecnologia sem fios: o Bluetooth. Pouco antes de 2010, o padrão Bluetooth, que já era usado há anos para conectar dispositivos como fones de ouvido sem fio e mouses, recebeu algumas atualizações cruciais em termos de velocidade de transferência de dados, mas também de consumo de energia.
Isso abriu caminho para que o Bluetooth se tornasse a forma mais fácil de transmitir áudio de um dispositivo para um alto-falante, com dispositivos como a minúscula Jambox da Jawbone substituindo quase imediatamente a pilha de dispositivos que antes constituíam um estéreo doméstico decente.
Eventualmente, o Bluetooth se espalhou pelos fones de ouvido, eliminando aquele cabo incômodo (e permitindo que os fabricantes de smartphones se livrassem da porta dos fones de ouvido) e à medida que o hardware e o software melhoraram ainda mais, os fones de ouvido sem fio foram dramaticamente reduzidos a ponto de ser fácil perdê-los por aí.