Definido como o espaço que relembra o passado, marca o presente e ilumina o futuro, o Farol Santander, localizado no Centro de São Paulo, ao lado do Mosteiro de São Bento, foi palco do evento gratuito sobre O Futuro do Trabalho.
A abertura do evento ficou por conta do presidente da ABRH-SP, Guilherme Cavalieri, e do CEO da Universia, Anderson Pereira. Guilherme destacou a importância de tratar um tema do futuro no Farol Santander, “um lugar icônico, próximo de onde a cidade de São Paulo foi fundada, que permite olhar para a frente, mas preservando nossas raízes”.
Na sequência, foram apresentados os resultados da Pesquisa Raio-X Universia – Um panorama dos jovens brasileiros no mercado de trabalho, promovida pela Universia.
Com o mantra “Nenhum de nós é tão inteligente quanto todos nós juntos”, Gil Giardelli, web ativista, colunista da BandNews FM e membro da WFSF (Federação Mundial de Estudos do Futuro), iniciou a palestra O Recursos Humanos do Futuro: Al Economy – Inovação e Economia Digital para o RH.
Gil falou com mais otimismo sobre o futuro do trabalho ao mencionar a criação de mais vagas apesar das previsões pessimistas dos estudos dos pesquisadores de Oxford que apontam a perda do emprego para as novas tecnologias. Mesmo assim, ele lembrou que 9 das 10 formações universitárias mais procuradas pelos brasileiros, como administração, por exemplo, sofrerão um tsunami nos próximos anos. “As pessoas que estão saindo das universidades estão preparadas para o novo mundo?”, questionou, lembrando que, segundo estudos, são necessárias 160 horas de dedicação semanais para se manter atualizado no mundo de hoje. Também lamentou o fato de que o Brasil é o único país que não tem uma cadeira de estudos do futuro.
Segundo o palestrante, cientista de dados foi considerado o melhor emprego dos últimos dois anos. Engenheiro de nanorobôs e arquiteto de novas realidades também são profissões em alta. Já a sociofísica é a nova fronteira da física. “Não dá mais para dividir as pessoas em Humanas, Exatas e Biológicas.”
Também fez uma provocação aos RHs presentes – “Por que temos pouquíssimos CEOs vindos da área de gestão de pessoas?” – e afirmou que está chegando ao fim a era dos CEOs financistas. “Não dá mais para ter um conselho financista composto só por homens.”
Ele falou ainda de atividades como mineração espacial, gestão climática, edição genômica, terapia genética, o ser humano como centro de tudo, o que chamou de H2H (Human to Human), e mathematical thinking no lugar de design thinking. “Setenta por cento da economia mundial vão passar pela inovação”, afirmou, completando que o mundo está muito melhor, mas “falar de coisas boas não dá ibope”.