Os veículos de comunicação do Senado estão lançando uma campanha contra as fake news. A intenção é conscientizar cada cidadão da importância de não divulgar notícias falsas.
O Senado vai lançar em breve, em todos os seus veículos de comunicação, uma campanha de esclarecimento sobre as chamadas fake news. Com o slogan “Notícia falsa se combate com boa informação”, a iniciativa mostra como reconhecer uma informação falsa sobre o Congresso Nacional e como o cidadão pode ajudar a impedir que uma notícia inverídica se espalhe.
As peças publicitárias serão publicadas no portal Senado Notícias e no Jornal do Senado — produtos da Agência Senado — e veiculadas na Rádio Senado e na TV Senado ao longo de suas programações. As redes sociais da Casa também divulgarão as peças. Todo o conteúdo terá perfil de serviço de utilidade pública, com dicas e sugestões. Nas primeiras peças, os próprios jornalistas do Senado fazem o chamamento à sociedade.
Para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a campanha é uma ferramenta a mais de gestão democrática.
— Na guerra contra as notícias falsas, que são maldosamente criadas para confundir a opinião pública, o Senado está fazendo sua parte. Além de uma cobertura jornalística completa e imparcial, promove agora peças de utilidade pública, lembrando ao cidadão que ele conta com os veículos oficiais para acompanhar o que acontece na vida política brasileira e para não se deixar enganar.
Segundo o senador Carlos Viana (PSD-MG), que também é jornalista, é preciso mostrar o perigo das fake news para a manutenção da democracia.
— As notícias falsas atendem a interesses escusos e obscuros e levam as pessoas, muitas vezes, a cometerem erros. Vamos mostrar aos cidadãos que a política é o caminho certo para que os desafios do país sejam resolvidos. Fora da política, não há democracia, não há justiça, não há equilíbrio no país, inclusive na distribuição de riquezas. Por isso, é fundamental resgatar a confiança no Parlamento.
Jorge Kajuru (PSB-GO), também jornalista, elogiou a iniciativa da campanha de combate às fake news e defendeu a necessidade de uma CPI para investigar a disseminação de notícias falsas na internet.
— É uma iniciativa louvável. Gostei muito do título “Notícia falsa se combate com boa informação”. Notícia falsa provoca morte social. Quantas pessoas de bem que estão na vida pública já tiveram morte social por causa de notícias falsas? Essa expressão fake news tem que ter um fim. Sonho o mais rápido possível com uma CPI das fake news.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) alertou para o perigo do discurso de ódio que tem vigorado nas mídias sociais, do qual as fake news são instrumento e elogiou a iniciativa do Senado de lançar uma campanha para combater o problema.
— Agora chegou a hora de a gente começar a mediar o papel das redes. Que a gente possa, além do combate às fake news, ter grandes fóruns de debates permanentes sobre diversos temas. Então, começar pelas fake news e debater o conjunto que está no entorno desse circuito neural que é a rede mundial de computadores é uma grande iniciativa do presidente Davi Alcolumbre.
Já o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) advertiu sobre os perigos que a disseminação de notícias falsas pode trazer para a sociedade.
— Eu tive um exemplo agora recente que demonstra a gravidade do problema, que foi uma campanha contra vacinas. Muita gente deixou de vacinar no Brasil, em Brasília inclusive. Saíram dizendo que vacina faz mal. Tudo isso foi muito divulgado e isso traz consequências sérias. Está aí o resultado: a volta do sarampo, da catapora, que é doença que a gente tinha erradicado e agora retorna exatamente por falta de vacina.
Diretora da Secretaria de Comunicação Social do Senado, Angela Brandão afirmou que o cidadão pode ser um parceiro no controle da disseminação de mentiras. Quanto mais pessoas souberem como detectar uma notícia falsa, disse, menos ela se espalhará.
— Toda a estrutura de comunicação do Senado está mobilizada. Vale ressaltar que a campanha foi feita com os recursos da própria estrutura do Senado e, portanto, sem custos adicionais para o contribuinte.