Estudos apresentados há dois anos no The Global Summit 2017 sobre o futuro da educação já despertava a preocupação em preparar o aluno para se adaptar a transformação digital e atender o novo mundo, o Mundo 4.0.
O Relatório The New Work Order, apresentado no evento pela Fundação australiana Foundation for Young Australians (FYA), recomendou que as instituições educacionais dessem mais ênfase nas habilidades digitais e ao empreendedorismo, além de estímulos ao uso da empatia com inteligência desde os primeiros anos escolares.
Em outro estudo divulgado pela Avaya em fevereiro, junto à IDC (International Data Corporation), com 800 empresas de 15 países, incluindo o Brasil, sinaliza que a transformação digital requer combinação de interações tecnológicas e humanas, para atender as necessidades dos clientes. Marcio Rodrigues, presidente da Avaya no Brasil destaca.
“As novas tecnologias – especialmente a Inteligência Artificial – podem ser grandes aliadas para reduzir custos e melhorar a experiência do consumidor, mas temos um desafio que é entender como aliar a expertise humana com a tecnologia para obter resultados cada vez mais satisfatórios. Dessa forma, é importante que as organizações estabeleçam uma estratégia multichannel e omnichannel, respeitando as necessidades, o contexto e desejos dos consumidores”.
A empatia tem forte contribuição aos profissionais para se adaptarem ao Mundo 4.0, segundo revela Carla Béck, diretora da Infinita Eph, em entrevista concedida ao Portal PME NEWS esse mês.
“No Mundo 4.0, a velocidade das informações e o uso da tecnologia podem nos levar a certo distanciamento e a uma exaltação ao lógico. Lembrar que somos humanos e nos apropriarmos dessa função da inteligência humana permitir-nos-á evitar julgamentos precipitados sobre o comportamento de outras pessoas, pois nossa atenção estará em perceber primeiramente as razões que os levam a agir de determinada maneira”.
Carla reforça também a importância da empatia no processo de adaptação.
“Essa aproximação nos possibilitará gerarmos soluções mais eficazes para as novas demandas, diminuir e evitar conflitos, facilitar os processos de adaptação, criar ambientes mais cooperativos e solidários”.
A executiva ressalta também o papel da empatia como essência nesse processo de aprendizado ao novo mundo.
“A empatia é a base para o novo aprendizado, um dos recursos para desenvolver a agilidade emocional necessária para lidar com o novo mundo e suas demandas.”