Os maiores centros urbanos adotam tecnologias de ponta para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos em ações que vão da mobilidade à conectividade. Como isso atrai investimentos?
O trânsito não existe. Os edifícios são projetados para aproveitar os recursos naturais a fim de otimizar a utilização de energia.
O lixo é sugado por meio de tubos subterrâneos e uma sala de comando controla absolutamente cada movimento de Songdo, cidade inteligente que está sendo construída na Coreia do Sul, a 56 quilômetros de Seul, a capital.
Com capacidade para abrigar 65 mil moradores, o lugar foi projetado para ser um centro de negócios global e tem previsão para estar finalizada no ano que vem.
Custou US$ 35 bilhões, financiados por meio de uma parceria entre o governo sul-coreano e grandes empresas americanas. As Smart Cities, ou cidades inteligentes, têm como premissa o uso das tecnologias para melhorar a qualidade de vida. E gerar dinheiro.
Embora não existam métricas consagradas que mostrem uma relação direta entre cidade inteligente e atração de investimentos ou geração de riqueza, especialistas afirmam que esse vínculo é imediato.
Empresas e trabalhadores qualificados tendem a buscar cidades assim.
Hoje, 55% da população mundial, ou 4,2 bilhões de pessoas, se espremem em centros urbanos.
Para além do objetivo de otimizar a convivência entre os cidadãos e o meio ambiente, essas iniciativas são também grandes laboratórios para as companhias testarem seus produtos.
Não à toa, gigantes como Cisco, IBM, Microsoft e Siemens implementam as suas soluções nos principais centros urbanos do mundo.
A Cisco testa uma plataforma de serviço de nuvem que conecta sensores de tráfego e estacionamentos em tempo real em dezenas de capitais, como Copenhague, Nova York e Paris.
Nova York, acredite, foi considerada a cidade mais inteligente do mundo em 2018, de acordo com um ranking da Iese, a escola de negócios da Universidade de Navarra (Espanha).