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O evento contou com a participação de mais de 170 parlamentares de todo o mundo.
A defesa dessa participação foi enfatizada na 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, o fórum do Legislativo do G20, que ocorreu em Maceió (AL). Durante a reunião, o tema “Promovendo a justiça climática e o desenvolvimento sustentável para mulheres e meninas” foi debatido.
Ana Pimentel, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara, destacou que o atual projeto de desenvolvimento mundial se baseia na austeridade e na exploração predatória do meio ambiente, resultando em adoecimento, empobrecimento, fome e mortes.
Ela afirmou que as mulheres são as mais afetadas por essas crises, sofrendo perdas econômicas, migração forçada, aumento da violência, casamento infantil, evasão escolar e perda de renda.
Pimentel também alertou que, em regiões atingidas por desastres, como secas extremas, as mulheres assumem a responsabilidade adicional de buscar alimentos e água, além do cuidado da casa e dos filhos.
No Brasil, segundo ela, alguns setores negam as evidências científicas das mudanças climáticas, contribuindo para a fome e a pobreza feminina.
Soluções globais para a crise climática
A senadora Leila Barros, líder da bancada feminina no Senado, destacou que os deslocamentos provocados por eventos climáticos superaram os provocados por guerras, repressão e violência em 2023.
Ela defendeu políticas integradas e sustentáveis, com abordagem global, para enfrentar a crise climática, devido à interdependência entre as nações e povos.
A participação das mulheres nas decisões climáticas
Representantes de diversos países também enfatizaram a necessidade de as mulheres serem protagonistas nas discussões sobre a crise climática.
Sydney Kamlager-Dove, dos Estados Unidos, defendeu que mais mulheres entrem na discussão sobre as mudanças climáticas, focando em grupos marginalizados, como mulheres e meninas pobres.
Anelay of Saint Johns, do Reino Unido, observou que a renda das mulheres cai com eventos climáticos extremos, e as crianças ficam fora da escola.
Mulheres no poder
Cynthia Lopes Castro, da União Interparlamentar, destacou que apenas 11% dos presidentes e primeiros-ministros do mundo são mulheres, e que apenas 26% dos parlamentos globais são compostos por mulheres.
Ela defendeu a importância das cotas de cadeiras de mulheres para conseguir essa representatividade e mencionou o exemplo do México, onde 50% das vagas no Parlamento são reservadas para mulheres.
Perguntas frequentes
Por que é importante a participação das mulheres nas decisões climáticas?
A participação das mulheres é crucial porque elas são as mais afetadas pelos eventos climáticos extremos e possuem uma perspectiva única e necessária para desenvolver soluções sustentáveis e justas.
Quais são os principais desafios enfrentados pelas mulheres em regiões afetadas por desastres climáticos?
Em regiões afetadas por desastres climáticos, as mulheres enfrentam desafios como perda de renda, aumento da violência, migração forçada, responsabilidade adicional de buscar alimentos e água, além de cuidar da casa e dos filhos.
Como as políticas públicas podem ajudar na justiça climática para as mulheres?
Políticas públicas podem ajudar na justiça climática para as mulheres ao garantir a inclusão de suas perspectivas nas decisões, focar em soluções sustentáveis, promover a igualdade de gênero e assegurar o acesso a recursos e serviços essenciais.
Qual é a relação entre exploração predatória do meio ambiente e exploração econômica das mulheres?
A exploração predatória do meio ambiente frequentemente resulta na exploração econômica das mulheres, que são desproporcionalmente afetadas pela degradação ambiental e têm suas condições de vida e trabalho impactadas negativamente.