Apostas Online Causam Problemas Financeiros para Trabalhadores

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O vício em apostas online está se tornando uma epidemia silenciosa entre os trabalhadores, impactando negativamente sua qualidade de vida e rendimento no trabalho. Essa é a preocupação do empresário alagoano Rafael Tenório, que emprega cerca de 2 mil pessoas em Alagoas, Rio Grande do Norte e Mato Grosso.

Funcionários Pedem Adiantamentos e Acordos de Demissão

Em um vídeo divulgado em 3 de maio, Tenório revelou que tem presenciado um número crescente de funcionários pedindo adiantamentos de férias, 13º salário e até mesmo empréstimos para quitar dívidas contraídas em sites de apostas online. Alguns chegaram ao extremo de solicitar acordos de demissão para sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Um Caso Chocante: R$ 20 Perdidos em 1 Minuto

Tenório compartilhou um caso chocante envolvendo um de seus funcionários. Ele colocou R$ 20 em créditos para que o empregado apostasse no “jogo do tigrinho”. “Ele fez o jogo na minha frente, perdeu tudo em 1 minuto e 15 segundos”, disse Tenório.

Epidemia Silenciosa Atinge Outros Empresários

Após a publicação do vídeo, Tenório foi procurado por outros empresários que enfrentam o mesmo problema com seus funcionários. Um deles relatou que até mesmo um caseiro em uma fazenda isolada havia se endividado devido ao vício em apostas online.

Impacto Emocional e Financeiro

Além do comprometimento financeiro, o vício em apostas online tem um impacto emocional significativo. Tenório mencionou relatos de pessoas que pensaram em tirar a própria vida devido às dívidas acumuladas. “Percebemos que é muito mais grave do que se imaginava e tínhamos de agir, ajudar essas pessoas”, disse ele.

Uso de Celulares da Empresa para Jogar

Um dos sinais de alerta para Tenório foi o baixo rendimento de alguns funcionários que usavam celulares da empresa. Ao investigar, descobriu que muitos deles ficavam jogando até altas horas da madrugada, prejudicando seu desempenho no trabalho.

Buscando Soluções e Conscientização

Diante desse cenário preocupante, Tenório convocou uma reunião com todos os gestores para início de junho. Em julho, planeja realizar um evento aberto para discutir o tema com psicólogos, psiquiatras e gestores de recursos humanos, a fim de encontrar soluções e conscientizar sobre os riscos do vício em apostas online.

Impacto na Saúde Financeira

De acordo com dados da XP Investimentos, o setor de apostas esportivas online movimentou entre R$ 100 bilhões e R$ 120 bilhões no Brasil no ano passado. A pesquisa revelou que pessoas de baixa renda gastam, em média, R$ 58 mensais em apostas online, o que representa 20% de sua renda restante após o pagamento de contas.

Tratamento pelo SUS

O Ministério da Saúde reconhece que, por se tratar de um problema atual, ainda não há dados precisos sobre o aumento do número de pessoas buscando ajuda na rede pública. No entanto, o Sistema Único de Saúde (SUS) recepciona casos através da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), uma vez que o vício em apostas pode estar relacionado a causas como compulsões e depressão.

FAQ

1. O que é o vício em apostas online?
O vício em apostas online é uma compulsão por jogar em sites de apostas esportivas ou jogos de azar online, que pode levar a problemas financeiros, emocionais e impactar negativamente o desempenho no trabalho.

2. Quais são os sinais de alerta para o vício em apostas online?
Alguns sinais de alerta incluem: pedir adiantamentos de salário, empréstimos e acordos de demissão para obter fundos; baixo rendimento no trabalho; uso excessivo de celulares para jogar durante a madrugada; e relatos de dívidas com bancos e agiotas.

3. Quais são os impactos do vício em apostas online para os trabalhadores?
Os impactos incluem problemas financeiros graves, como endividamento e comprometimento da renda; impacto emocional, como pensamentos suicidas; e baixo rendimento no trabalho, prejudicando a carreira.

4. O que está sendo feito para lidar com o vício em apostas online?
Empresários estão buscando soluções, como reuniões com gestores e eventos com profissionais de saúde mental. O SUS também oferece tratamento através da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) para casos relacionados a compulsões e depressão.

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