O coordenador do projeto-piloto do Drex (Real Digital), Fabio Araujo, afirmou que as soluções de privacidade para a tokenização do Real estão em fase de testes e devem estar mais amadurecidas até meados deste ano. No entanto, ainda não estarão totalmente prontas para produção.
De acordo com Araujo, os consórcios participantes do projeto já testaram a solução Zether e agora estão avaliando a Starlight. Em seguida, analisarão a Parchain para escolher a melhor opção. O Banco Central planeja divulgar um relatório ao final do primeiro semestre, encerrando essa primeira fase de testes.
Araujo destacou três possíveis resultados: a conclusão de que a tokenização do Real com privacidade não será possível nos próximos anos, algo praticamente descartado; a ideia de que tudo já está resolvido e o Drex pode ser adotado, o que é improvável; e o cenário mais provável, de que existem obstáculos significativos, mas há caminhos para trabalhar e avançar com a infraestrutura.
A privacidade é um aspecto crucial no desenvolvimento do Drex, pois a legislação de sigilo bancário exige que o Banco Central garanta a privacidade dos usuários ao utilizarem a rede. A tecnologia blockchain, na qual o Drex é baseado, foi originalmente concebida com o princípio de transparência, o que significa que todas as movimentações em uma carteira podem ser monitoradas.
Além da privacidade, Araujo destacou a importância de discutir os casos de uso com os parceiros do piloto para aprimorar a gestão de contratos inteligentes dentro desse ambiente. Ele também defendeu que o Drex facilitará o acesso da população a modalidades de investimento diferentes da caderneta de poupança, como a compra de títulos públicos.