‘Neuronavegador’: Secretaria de Saúde testa aparelho que pode acelerar atendimentos na rede pública do DF

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Equipamento funciona como ‘GPS’, orientando cirurgião no posicionamento de implantes durante cirurgias complexas. Tecnologia chega para teste no Hospital da Região Leste, no Paranoá.


Um equipamento tecnológico que auxilia e orienta os médicos em procedimentos cirúrgicos complexos está sendo testado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Segundo a pasta, os “neuronavegadores“, além de aumentarem a precisão nas cirurgias, podem acelerar o número de atendimentos a pacientes com doenças graves.

O neuronavegador é um sistema de cirurgia guiada por imagem. Como um GPS, ele orienta o cirurgião durante o procedimento. A tecnologia é testada no Hospital da Região Leste, no Paranoá (HRL-Paranoá), referência em cirurgias de coluna em Brasília, onde são feitos, em média, 300 procedimentos por ano.

Cirurgias na coluna podem durar até 12 horas. A equipe do HRL testou quatro neuronavegadores de diferentes fornecedores, em quatro cirurgias complexas em agosto:

  • Duas cirurgias cervicotorácica: procedimentos na região cervical e torácica da coluna;
  • Duas cirurgias de escoliose: procedimentos para corrigir ou impedir a progressão de uma escoliose (curvatura anormal da coluna).

“Todas foram finalizadas com sucesso”, diz a secretaria. A testagem fez parte do processo de aquisição do equipamento pela pasta.

“Com essas cirurgias demonstrativas, construiremos relatórios sobre os aparelhos para embasar a compra pelo melhor custo-benefício”, explica Rosana Coccoli, colaboradora da Referência Técnica Distrital (RTD) em neurocirurgia de coluna.

Coccoli diz ainda que, em procedimentos complexos como escoliose ou casos de câncer, por exemplo, o aparelho aumenta as chances de sucesso na recuperação do paciente.

A última cirurgia de escoliose com o uso do neuronavegador contou com a presença do médico neurologista Manoel Sousa, do Hospital Regional de Taguatinga (HRT).

“Quando manipulamos uma região tão importante como a coluna, é necessário observar se não houve nenhuma lesão à medula”, explica o profissional, que monitorou os movimentos dos membros superiores e inferiores do paciente durante todo o procedimento.

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