A presidente do clube Leila Pereira estuda também investir em tecnologia para coibir ação de cambistas e melhorar acesso de sócios-torcedores ao sistema.
O Palmeiras contratou uma empresa especializada para realizar uma auditoria no processo de venda de ingressos através do site (ingressospalmeiras.com.br).
O monitoramento está sendo feito em todo o sistema, incluindo a comercialização de entradas para a partida contra o Athletico, terça-feira, pela semifinal da Libertadores, buscando identificar possíveis falhas.
O preço cheio das entradas para o jogo contra o Furacão vai de R$ 180 a R$ 400. O Palmeiras tem sete pré-vendas até a liberação de entradas para o público em geral, na sexta, às 10h (de Brasília).
Vários torcedores reclamaram nas redes sociais de problemas para conseguirem ingressos, além de denunciarem venda ilegal por pessoas em outras plataformas. Com isso, a presidente Leila Pereira contratou uma auditoria externa, que já está trabalhando, a fim de averiguar se existe qualquer tipo de falha no sistema de venda de ingressos para as partidas realizadas no Allianz Parque.
É um desejo pessoal da presidente Leila Pereira melhorar a acessibilidade dos sócios-torcedores na aquisição de ingressos. Com pouco mais de 89 mil Avantis adimplentes, o Palmeiras hoje tem uma base de cerca de 30 mil sócios-torcedores habilitados a participar da primeira pré-venda.
Além da auditoria contratada, o Palmeiras trabalha em outras frentes para solucionar ou ao menos dificultar o trabalho de possíveis cambistas na compra de ingressos.
O clube irá aumentar a fiscalização da entrada de torcedores no Allianz Parque. A dificuldade de monitorar e checar os ingressos na entrada do estádio é grande. Com média de mais de 32 mil pessoas por partida em 2022, um “pente-fino” nas catracas causaria transtornos no acesso dos torcedores.
O Palmeiras está em contato com a polícia para aumentar a fiscalização no entorno do Allianz Parque a fim de coibir a venda ilegal de ingressos por cambistas. Entende-se que possa existir uma quadrilha que comanda esse tipo de comércio, seja no futebol ou em outros grandes eventos na capital paulista.
Outra solução estudada está o investimento em tecnologia, algo em que a presidente Leila Pereira está disposta a fazer. O Palmeiras estuda, além da possibilidade de biometria nas catracas, a instalação de um sistema de reconhecimento facial. A tecnologia acabaria com a comercialização de ingressos por terceiros.
O clube ainda estuda uma forma de impedir que o e-ticket seja repassado por uma pessoa para que outra tenha acesso ao estádio. A prática é constantemente relatada por torcedores. Além disso, a ideia é derrubar do sistema usuários suspeitos na compra de ingressos.
As denúncias de cambismo tem aumentado nos últimos tempos, ainda mais com a alta procura por ingressos: o Palmeiras tem uma das maiores taxas de ocupação de estádio em 2022, com 75%.