Índice
É bem provável que você esteja lendo as primeiras linhas deste artigo a partir do Chrome, que se tornou extremamente popular desde sua estreia em 2008.
Mas o navegador do Google ainda tem alguns problemas, e agora que a Microsoft está de volta com uma versão repaginada do browser Edge — baseado, veja só, no código Chromium do Chrome —, talvez seja uma boa hora para pensar em uma troca.
O Microsoft Edge está disponível para Windows, macOS, Android e iOS, para que você possa usá-lo em todos os seus dispositivos. Ele oferece as mesmas opções de sincronização de dados de navegação do Chrome, vinculadas à sua conta da Microsoft. E também conta com suporte a todas as extensões executadas no Chrome devido ao código compartilhado do Chromium.
Sem dúvida, o Google Chrome tem suas vantagens, incluindo a forte integração com todos os serviços do Google. No entanto, o Edge continua impressionando. E a seguir listamos alguns dos destaques que podem fazer você mudar de ideia.
O Edge é mais leve
O Chrome pode ser rápido, mas também é um verdadeiro sugador de recursos e memória RAM do dispositivo, podendo ter impacto na vida útil da bateria. É verdade que os engenheiros do Chrome estão trabalhando nesses problemas e fazendo progresso, mas esse continua sendo uma pedra no sapato do navegador.
Em nosso teste pouco científico em uma máquina Windows, carregamos o mesmo grupo de sites no Chrome e no Edge após reiniciar os dois navegadores. Enquanto os números no Gerenciador de Tarefas pulavam de segundo para segundo, o Chrome sugou consistentemente mais tempo de CPU, espaço de memória e uso de disco do que o Edge. Por algum motivo, o navegador do Google também abriu 40 tarefas separadas, em comparação com as 27 do Edge.
Quando se trata da velocidade bruta de carregamento de páginas na web, os resultados dos benchmarks tendem a ser bastante próximos e, muitas vezes, não há um vencedor claro. Os benchmarks nem sempre são a melhor medida, e com todos os principais navegadores lançando atualizações e otimizações com frequência, eles ficam rapidamente desatualizados.
Nesse caso, pode valer a pena fazer alguns testes manualmente no seu dispositivo para ver se o Chrome ou o Edge são melhores com os sites que você mais acessa. Alguns dias de execução desses aplicativos devem ser suficientes para dar uma ideia de como eles são rápidos e responsivos no uso diário e se há algum impacto na bateria. Fique de olho no Gerenciador de Tarefas no Windows ou no Monitor de Atividade no macOS.
O Edge oferece maior privacidade
Privacidade online é uma questão multifacetada e complexa, e mudar o seu navegador não vai necessariamente resolver os problemas associados ao rastreamento na web. No entanto, o Edge oferece uma abordagem mais amigável e abrangente para mantê-lo mais protegido. As opções Básica, Equilibrada e Estrita disponíveis na guia Configurações de privacidade, pesquisa e serviços são bem pensadas e explicadas.
Embora o Chrome tenha um conjunto semelhante de opções para bloquear cookies, eles não são tão simples de configurar. O Edge ganha pontos por permitir que você apague os dados de navegação que você acumulou cada vez que fecha o programa — recurso este que não está disponível no Chrome. O que dá para fazer atualmente no Chrome é excluir os dados após um determinado período de tempo por meio das configurações da sua conta do Google.
Outro benefício que pode fazer você escolher o Edge em vez do Chrome é que ele não é feito pelo Google. A Microsoft está longe de ser perfeita quando se trata de privacidade do usuário, mas todo o modelo de negócios do Google se baseia em coletar o máximo possível de dados sobre você e usá-los para vender anúncios. Sim, o Google deve substituir o rastreamento baseado em cookies por um sistema que funciona em dados agregados, que é menos personalizado, mas ainda restam dúvidas sobre o quão benéfico isso será para os usuários.
No geral, em termos de segurança e privacidade, a diferença entre os dois navegadores não é totalmente radical. Até porque o Google fez um bom trabalho para tornar a navegação na web mais segura para todos. Mas, em última análise, o Google é uma empresa construída com tecnologias baseadas quase que inteiramente em publicidade, e a Microsoft não. No final das contas, pode ser que você confie mais na Microsoft ou no Google, não apenas em termos de navegação na web, mas em outros aspectos de sua vida digital.
O Edge é mais inovador
Os engenheiros da Microsoft não demoram para adicionar novos recursos ao Edge, vários dos quais não estão disponíveis no Chrome (pelo menos ainda não). O Edge tem um modo de leitura integrado e pode ler páginas para você, funções estas que não estão embutidas no Chrome e exigem o uso de extensões que talvez não entreguem os mesmos resultados.
Outra funcionalidade é a opção de ter guias verticais nas laterais da tela. Não é uma ideia totalmente nova, e o próprio Chrome há anos oferece esse recurso. Contudo, o Edge tem mais customização e ainda pode colocar as guias não utilizadas em um estado de hibernação após um período de tempo, sem a necessidade de realizar esse processo manualmente.
Além disso, o Edge oferece mais opções de personalização para a página da nova guia pronta para uso e também tem uma abordagem interessante para salvar grupos de páginas na web, que o navegador chama de Coleções. Você pode usar o recurso para salvar textos, imagens, vídeos e páginas da web em grupos. Pode ser útil para tudo, desde pesquisar um tópico específico até organizar listas de compras online.
É justo dizer que o Chrome tem o próprio conjunto de recursos exclusivos — o agrupamento de guias e o suporte integrado ao Chromecast são algumas das adições recentes mais importantes. Porém, a Microsoft está colocando uma identidade própria no Edge baseado em Chromium e indo em uma direção diferente do Google em algumas áreas que valem a pena experimentar.